Cooperativa Mista Agroextrativista do Caracol
A Cooperativa
A COOPAMCOL nasceu da necessidade que os agricultores se apoiarem mutuamente, pois as políticas públicas para a região mudavam constantemente. Atualmente a cooperativa participa conselhos consultivos de unidades de conservação e tem parcerias com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Secretaria da Agricultura do estado do Pará (SAGRI), Instituto de Floresta tropical (IFT), Instituto Socioambiental Floranativa (ISAF) e Prefeitura do Trairão. A cooperativa já plantou aproximadamente 7.000 mil mudas de açaí, tem um viveiro de mudas instalado, abriga um tele centro comunitário em sua sede própria, possui barracão de reuniões, e já realizou inúmeras reuniões técnicas e cursos de capacitação.
De acordo com o IBGE o processo de ocupação do município teve seu início em 1972, com a abertura do Ramal Sul da BR - 163. Em 1974 os primeiros colonos assentados reivindicaram junto ao INCRA uma área para centro de apoio, onde pudesse instalar escola, igreja, posto de saúde e posto de comercialização dos produtos agrícolas. Em 1975, mesmo sem autorização, os colonos demarcaram e ocuparam os primeiros lotes urbanos e construíram a primeira escola. Já na área reservada e repassada a comunidade, viria a ser a Vila de Trairão, e cada lote a ser distribuído mede 15 x 30.
Em 1983, as famílias dos colonos já estavam todas assentadas e com financiamentos para suas lavouras, consorciaram o plantio de banana, milho, arroz, mandioca e feijão, trazendo progresso para a região, e influenciando a vinda de colonos oriundos das regiões Sul e Sudeste, investimento na pecuária (1985).
Outro produto de grande rentabilidade para os agricultores foi o cacau, que chegou a ser ouro durante alguns anos, só que pelo isolamento da área pela precariedade das rodovias e do baixo preço do cacau no mercado, aliado a praga denominada “vassoura de bruxa” que se instalou nos plantios, que a partir de 1990 teve seu declínio.
Com a exploração do ouro nos garimpos da região, cujo acesso se dava pela rodovia que corta o município, Trairão experimentou uma expansão comercial, principalmente de produtos agrícolas e de prestação de serviços.
Nossa História
A COOPAMCOL – Cooperativa Mista Agroextrativista do Caracol, foi criada em 24 de janeiro de 2008 na sede do distrito no município de Trairão composta por 20 cooperados administradores. A cooperativa possui uma abrangência de cerca de 200 agricultores familiares cadastrados para compor o projeto de ampliação e multiplicação de suas atividades.
• 2008 - foi criada a Cooperativa Mista Agro Extrativista do Caracol com a finalidade de trabalhar em áreas de manejo, reflorestamento e agricultura.
• A partir de 2008 a COOPAMCOL firmou convênios e plantou cerca de 7.000 mil mudas de açaí.
• 2009 – Implantação do telecentro comunitário na Escola Municipal Bela Vista do distrito do Caracol.
• 2010 - PARTICIPAÇÃO no Plano BR 163 sustentável com cadeira no conselho consultivo das Flonas Itaituba I, II e Trairão.
• Participação em oficina de Manejo Florestal Comunitário para membros de conselhos de UCs do DFS da BR163.
• 2011 – Diagnostico participativo sobre manejo de açaí nativo na região organizado pelo Seviço Florestal Brasileiro (SFB) e Instituto Chico Mendes da biodiversidade ICMBio), Intituto de pesquisa da Amazonia (IPAN) e COOPAMCOL em 06 comunidades com cerca de 70 AF sensibilizados.
• PARTICIPAÇÃO no Plano BR 163 sustentável com cadeira no conselho consultivo das Flonas Itaituba I, II e Trairão.
• Participação do PAA Aquisição de alimentos de com 06 cooperados atendendo 02 escolas (Bela Vista e José Megale) que atendem 1200 alunos.
• Implantação de viveiro para produção de 5 mil mudas de açaí, nin e ipê com apoio do SENAR/SFB/ICMBio e COOPAMCOL.
• 2012 – Participação nos conselhos e execução das ações dos projetos telecentro (ICMBio), viveiro (SFB, ICMBio, IPAM, SENAR E COOPAMCOL), Manejo de açaizais nativos com 70 AF beneficiarios (SFB/Instituto Flora Nativa/SENAR/IPAM/COOPAMCOL).
2013 – A COOPAMCOL teve projeto aprovado pelo Fundo DEMA para fortalecimento da cadeia produtiva do açaí e ampliação do PAA.
• 2014 – PARTICIPAÇÃO no Plano BR 163 sustentável com cadeira no conselho consultivo das Flonas Itaituba I, II e Trairão.
• Participação e representação da sociedade civil local (Edilson Clemente Souza) no III curso de educação ambiental na gestão pública da biodiversidade realizado em São Paulo, em Ipero na ACADEBIO para conselheiros.
• 2015 – Parceria Terra Legal, OCB e COOPAMCOL para cadastramento de áreas rurais para regularização cadastral e fundiária do município de Trairão com castramento de 600 cadastros rurais.
• Participação em oficina de multiplicadores para projetos de manejo em pequena escala no distrito para 25 participantes do Caracol, três bueiros e PA Areia no município de Trairão.
• Cooperação junto ao Instituto Socioambiental Floranativa - ISAF para realização de oficina de sensibilização ao Projeto Horizonte Verde (ISAF) e capacitação em Sistemas Agroflorestais na vicinal do Cacau no município de Itaituba.
• 2016 – Parceria Terra Legal, OCB e COOPAMCOL para cadastramento de áreas rurais para regularização cadastral e fundiária do município de Trairão com castramento de 600 cadastros rurais.
• Cooperação técnica com o Instituto Floranativa para ampliação do Projeto Horizonte Verde.
A DIRETORIA
É composta por presidente, vice-presidente, secretário e tesoureiro, com seus respectivos suplentes. A Diretoria é responsável pela administração da cooperativa sendo o Conselho Fiscal responsável pela supervisão das atividades da diretoria. As decisões são sempre tomadas em Assembléia Geral, que é o organismo máximo do colegiado dos sócios. As reuniões ocorrem ordinariamente a cada dois meses e extraordinariamente conforme demanda da organização. A Diretoria é responsável por executar as decisões da Assembléia Geral.
A Diretoria é assessorada por uma equipe multidisciplinar que lhe dá sustento, apóio e direção. A Cooperativa conta com a colaboração de Órgãos Federais e Estaduais parceiros que, através de seus técnicos, prestam auxílio e apoio a Diretoria. Há ainda a equipe de saúde que é encarregada de apoiar cooperados na área de saúde. A cooperativa conta ainda com um Assessor técnico (Engenheiro Agrônomo) que é responsável pela elaboração de projetos e de assessoria aos cooperados para regularização ambiental das propriedades rurais. O presidente da Cooperativa tem participação efetiva em Conselhos Consultivos e Fóruns de abrangência local e regional.
Representante legal
Presidente: EDILSON CLEMENTE SOUZA
EMISSAO: 18111999SSP/PA.
Sócios da COOPAMCOL
Agricultores, extrativistas, fazendeiros, arrendatários ou posseiros residentes em comunidades localizadas ao longo da Rodovia BR 163. O ingresso é de forma espontânea e, uma vez aprovado pela Diretoria ou Assembléia Geral poderão fazer parte do quadro social mediante o pagamento de 5.000 (cinco mil) quotas parte. Cada cota parte tem o valor de R$ 1,00 (um real). Cada associado deve pagar uma mensalidade de R$ 10,00 (dez reais) a título de manutenção da entidade.
O MUNICÍPIO
Elevado à categoria de município e distrito com a denominação de Trairão, pela lei estadual nº 5695, de 13-12-1991, desmembrado de Itaituba. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-01-1993.
O Distrito Bela Vista do Caracol
Comunidade localizada a 50 km da sede municipal de Trairão, situada ás margens da rodovia BR163, no entorno das Florestas Nacionais de Itaituba I, II e Trairão (municípios de Trairão, Itaituba e Rurópolis), localizadas no Distrito Florestal Sustentável da BR 163, região Oeste do Estado do Pará (-56 10' 55.19714''/ -05 01' 37.33200'').
O modo de vida é baseado na economia extrativa de madeira, minério, açaí (polpa e palmito), pecuária extensiva, agricultura de subsistência e serviços públicos municipais. Possui uma população composta na maioria de imigrantes da própria região Norte e de outras regiões do centro oeste e sule suldeste do País.
O Distrito é envolvido pelas Unidades de Conservação Itaituba I e II e Trairão. Na atualidade a grande questão em foco na região é a posse e documentação das terras de modo manso e pacifico, apesar dos conflitos gerados pela valorização das terras através da integração no grande corredor de riqueza da BR 163 e a necessidade de segurança jurídica para desenvolver projetos sustentáveis em escala.